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Fest Aruanda consagra o cinema paraibano e coroa a sétima arte como polo de resistência

Fest Aruanda consagra o cinema paraibano e coroa a sétima arte como polo de resistência

A produção cinematográfica da Paraíba foi a grande vencedora do 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, com prêmios de melhor longa para “Desvio”, de Arthur Lins, e de melhor curta-metragem para “Quitéria”, de Tiago A. Neves. Os dois filmes foram os ganhadores das mostras mais concorridas do festival: a Mostra Nacional Competitiva de Curtas e Longas-metragens e a Mostra Sob o Céu Nordestino, respectivamente. Além dos dois principais prêmios, a Paraíba levou outros 19, com obras diversas e em diferentes categorias – o que mostra que a “primavera do cinema paraibano” continua dando flores. A premiação aconteceu na noite dessa quinta-feira (4), em solenidade no Cinépolis Manaíra Shopping.

 

“Desvio” levou ainda os prêmios de melhor direção, melhor ator, melhor roteiro, melhor direção de arte, melhor trilha sonora e Prêmio do Júri Popular. Já “Quitéria”, além do prêmio principal, levou o de melhor atriz. Outros filmes paraibanos com mais de um prêmio foram o curta de ficção “Faixa de Gaza”, de Lúcio César Fernandes, que ganhou melhor direção, som, ator e Prêmio Júri Abraccine de melhor curta; o documentário “Brasil, Cuba”, de Bertrand Lira, com dois prêmios de fotografia (pela mostra Sob o Céu Nordestino e pela Mostra Nacional Competitiva de Curtas-metragens); e o longa documental “Jackson – Na batida do pandeiro”, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira, que ganhou melhor personagem masculino e o Prêmio Especial do Júri.

 

Prêmios importantes do festival também foram concedidos a “Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira, que foi o melhor longa da mostra Sob o Céu Nordestino e do Júri Popular, além de receber prêmios de som, trilha sonora e montagem; “Currais”, de David Aguiar e Sabina Colares, com prêmios de direção, fotografia, direção de arte e atriz (a paraibana Zezita Matos); “Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, que recebeu o Prêmio Júri Abraccine de melhor longa, melhor figurino e Menção Honrosa a Indianare Siqueira; o curta “Apenas o que você precisa saber de mim”, de Maria Augusta Nunes, com melhor direção, figurino, atriz e melhor curta da Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Longas-metragens; e “Pacificado”, com fotografia, ator, atriz e Menção Honrosa à atriz Lea Garcia.

 

Resistir – A solenidade de encerramento do Fest Aruanda contou com agradecimentos por parte de Mônica Nóbrega, diretora do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA-UFPB), que falou da alegria e do orgulho da universidade pela parceria com o festival, e de Ricardo Charbel, diretor da Energisa na Paraíba (patrocinadora master do evento). “Além de democratizar o acesso ao cinema, devemos democratizar a sua produção”, disse.

 

O diretor de mídia impressa da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), William Costa, ao lançar a plaquete “Linduarte Noronha, ícone da radiofonia paraibana”, reverberou o sentimento geral do evento: “O Fest Aruanda é um marco de resistência, não só do cinema, mas da cultura brasileira.” A mesma indignação diante do tratamento que a arte tem recebido por parte do Governo Federal estava em uma nota de repúdio da organização do Fest Aruanda contra o desmantelamento da Ancine e a asfixia do setor cultural.

 

Homenagens e contracultura – A noite de encerramento do festival também contou com duas homenagens: uma a Mônica Botelho, idealizadora e diretora-geral do Cineport – que não estava presente no evento, mas recebeu o Troféu Aruanda de Contribuição à Produção Cultural na Paraíba pelas mãos da filha, Clara Botelho – e outra ao mestre Sivuca (in memoriam), pela Criação de Trilhas Sonoras para Filmes Brasileiros – Glorinha Gadelha, sua viúva, recebeu o troféu. “A música dava sentido à vida de Sivuca, um homem de espírito plural e de grande dimensão humana”, disse ela.

 

Por fim, antes da solenidade de premiação, foi exibido o filme de encerramento do festival: “O Barato de Iacanga” (2019), um documentário de Thiago Mattar (SP) sobre o mais lendário festival ao ar livre da música brasileira: o Festival de Águas Claras, que fez sucesso entre as décadas de 1970 e 1980 e ficou conhecido como o “Woodstock do Brasil”. O longa, que une entrevistas com artistas e fundadores do evento a imagens de shows históricos e seus bastidores, relembra a trajetória que tornou o festival um símbolo da contracultura no país.

 

Vencedores

 

Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Longas-metragens – júri formado pelo jornalista e escritor Fernando Morais, o ator Marco Ricca e a atriz Suzy Lopes.

 

Curtas:

  • Som – Felipe Grytz, por “Gravidade”
  • Edição – Daniel Kfouri e Diógenes Moura, por “Um”
  • Figurino – “Apenas o que você precisa saber de mim”
  • Roteiro – Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa, por “O grande amor de um lobo”
  • Fotografia – Arturo de la Garza, por “Brasil, Cuba”
  • Direção de arte – Daniel Kfouri, por “Um”
  • Trilha sonora – “Nadir”
  • Atriz – Alice Doro, por “Apenas o que você precisa saber de mim”
  • Ator – Jean Claude Bernardet
  • Direção – Maria Augusta Nunes, por “Apenas o que você precisa saber de mim”
  • Melhor curta júri popular – “O grande amor de um lobo”, de Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa
  • Melhor curta – “Apenas o que você precisa saber de mim”

 

Longas:

  • Som – Vasco Pimentel, por “Partida”, de Caco Ciocler
  • Edição – Tiago Marinho, por “Partida”, de Caco Ciocler
  • Figurino - “Indianara”
  • Roteiro – Arthur Lins, por “Desvio”
  • Fotografia – Laura Merians, por “Pacificado”, de Paxton Winters
  • Direção de arte – Shiko, por “Desvio”
  • Trilha sonora – Vitor Colares, por “Desvio”
  • Melhor atriz ou personagem retratada – Georgette Fadel, por “Partida”, e Débora Nascimento, por “Pacificado”
  • Menção Honrosa – Lea Garcia, por “Pacificado”
  • Ator – Daniel Porpino, por “Desvio”, e Bukassa Kabengele, por “Pacificado”
  • Direção – Arthur Lins, por “Desvio”
  • Melhor longa Júri Popular – “Desvio”, de Arthur Lins
  • Melhor longa – “Desvio”, de Arthur Lins
  • Prêmio Especial do Júri – “Partida”, de Caco Ciocler
  • Menções Honrosas – “Barretão”, de Marcelo Santiago, e Indianare Siqueira

 

Mostra Sob o Céu Nordestino – júri formado pelos cineastas Emília Silveira e João Batista de Andrade e pelo professor universitário Fernando Trevas.

 

Curtas:

  • Som – Diogo Rocha, por “Faixa de Gaza”
  • Montagem – Kennel Rogis, por “O grande amor de um lobo”
  • Roteiro (dois prêmios) – Ana Dinniz, por “Fim”, e Mailsa Passos, Rita Ribes e Virgínia Oliveira, por “Costureiras”
  • Fotografia – Arturo De la Garza, por “Brasil, Cuba”
  • Ator ou Personagem Masculino – Paulo Phillipe, por “Faixa de Gaza”
  • Atriz ou Personagem Feminino – Arly Arnaud, por “Quitéria”
  • Direção – Lúcio César Fernandes, por “Faixa de Gaza”
  • Melhor curta – “Quitéria”, de Tiago Neves
  • Melhor curta pelo júri popular – “O grande amor de um lobo”, de Kennel Rógis e Adrianderson Barbosa

 

Longas:

  • Som – José Loureiro, Fernando Cavalcante e Lênio Oliveira, por “Soldados da borracha”
  • Montagem – Mair Tavares e Leyda Nápoles, por “Soldados da b orracha”
  • Roteiro – Vânia Perazzo Barbosa Hlebarova, por “O que os olhos não veem”
  • Fotografia – Petrus Cariry, por “Currais”
  • Direção de Arte – Carolinne Vieira, Sabina Colares e Thaís de Campos, por “Currais”
  • Trilha Sonora – DJ Dolores, por “Soldados da Borracha”
  • Atriz ou Personagem Feminino – Zezita Mattos, por “Currais”
  • Ator ou Personagem Masculino – Jackson do Pandeiro, por “Jackson, na Batida do Pandeiro”
  • Direção – Sabina Collares e David Aguiar, por”Currais”
  • Melhor longa – “Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira
  • Melhor longa Júri popular – “Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira
  • Prêmio Especial do Júri – “Jackson – Na batida do pandeiro”, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira

 

Prêmio Júri Abraccine – júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) foi composto por Luiza Lusvarghi, Flávia Mayer e João Batista de Brito.

  • Melhor Curta – “Faixa de Gaza”, Lúcio César Fernandes
  • Melhor Longa-metragem – “Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa

TV Universitária

O júri de TV Universitária foi composto pelos professores universitários Isabella Valle, Patrícia Monteiro e Thiago Falcão.

Programa de TV
- Peri (TVU RN, do Rio Grande do Norte)

Interprograma
- Vênus Hip Hop, de Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP)

Reportagem
Morte de Jovens Negros na Periferia , de Tabita Said (TV USP, São Paulo)

Menção honrosa para Alfabetização pescadores, de Adèle Oliveira (TVU RN, Rio Grande do Norte)

Documentário
Ecos de 1968: 50 anos depois - Marcello Rollemberg (TV USP, São Paulo)

O júri optou por não conceder premiação na categoria Interprograma de animação/videografismo.

Videoclipe
Porta Aberta, da cantora Luana Alves, com direção de Vitor Celso

TCC
Santa Cruz do Deserto, de Francisco Pinheiro

Menção honrosa para ‘um dois um: crônicas de homicídios’, de Ana Calline


Filme publicitário

Os filmes publicitários foram julgados pelo Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Paraíba - Sinapro, presidido por Edu Cury.

São dois vencedores:
Bullying, da Isaura e Professor Augusto Vaz, Iesp Faculdades

Escolha ficar, de Gabriel Schueler, José Cristiano, Karine Garcia, Rayane Guimarães e Caleb Henrique, Iesp Faculdades

 

 

Prêmio Júri Abraccine

O Júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Abraccine, composto por Luiza Lusvarghi, Flávia Mayer e João Batista de Brito.

Melhor Curta – Faixa de Gaza, Lúcio César Fernandes – Ficção (João Pessoa, PB), por abordar o cotidiano dos conglomerados urbanos e especificamente, da cidade de João Pessoa, a partir do olhar dos adolescentes que passam a se organizar em facções que espelham o imaginário mundial de violência e exclusão social de forma reversa.

Melhor Longa-metragem – Indianara, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa (Rio de Janeiro, RJ), pelo olhar inédito sobre a trajetória da ativista transexual Indianara Siqueira, personagem de uma narrativa sobre a nação brasileira, nos momentos mais cruciais da história do país nos últimos três anos.

 


MENÇÃO HONROSA

- BARRETÃO, DE MARCELO SANTIAGO

- INDIANARA SIQUEIRA


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